O governador Eduardo Leite confirmou que a isenção do
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para alimentos
hortifrutigranjeiros será mantida.
A decisão, que havia sido sinalizada durante as enchentes
de maio, revoga a proposta de revisão de benefícios fiscais apresentada no
início deste ano. A medida, inicialmente planejada para recompor a arrecadação
e evitar perdas em função da reforma tributária nacional, não entrará em vigor.
Segundo Leite, a decisão foi possível devido às alterações
feitas pelo Congresso na regulamentação da reforma tributária, que devem
ajustar os critérios para o rateio de receitas entre os estados no período de
transição para o novo modelo.
Outro fator relevante foi a aprovação, pelo Senado, da
mudança nos indexadores da dívida estadual com a União, na terça-feira (17/12).
“A revisão dos indexadores da dívida, quando efetivada, vai pressionar menos o
nosso orçamento, possibilitando a revogação da revisão dos benefícios fiscais,
que entraria em vigor no início de janeiro”, explicou Leite.
Nas discussões da recente regulamentação da Reforma, está
sinalizado o prazo entre 2019 e 2026 para o cálculo da arrecadação média dos
Estados para a futura divisão no novo imposto IBS. Com isso, o resultado da
arrecadação dos próximos dois anos afetará a participação do estado no futuro
IBS, mas com um peso menor do que o previsto previamente.